Foto: TV Câmara (Reprodução)
Não é de graça que as entidades sindicais ligadas ao funcionalismo municipal mantêm sua mobilização, no momento levantando a palavra de ordem pela retirada dos projetos que constituem a Reforma da Previdência.
Uma das razões é bem objetiva: se não está na Câmara, passa a haver um espaço de manobra bastante difícil sob as atuais circunstâncias, em que a prefeitura prefere dizer, além de reiterar ter havido diálogo, o que é veementemente contestado pelos sindicatos. Enfim, teria que haver, necessariamente, uma negociação, de vez que, em resumo, e em tese, estaria tudo zerado.
A outra das motivações é mais subjetiva, mas real. E é reflexo direto da votação da moção de apelo à retirada da proposta em que talvez o placar tenha sido enganoso. Sim, no plenário foram 15 votos a 4 em apoio ao pedido oficializado pela psolista Alice Carvalho.
Porém, descendo às minúcias, fica claro que nem todos os 15 sufrágios são definitivos. Ao contrário, sugerem o que pareceu óbvio: faltou conversa com a base. Para alguns, como Tony Oliveira, “este projeto, da forma como está, tem meu voto contrário”. A alegação, como a do podemista, foi seguida por outros que, como ele, também votaram pela moção. Mas, e se a proposta mudar?
Criou-se uma janela de oportunidade para o governo com sua base. Não se sabe se a prefeitura notou isso, mas os sindicatos, sim. Não é a toa, assim, que sigam na sua luta.